Mostrando postagens com marcador estações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estações. Mostrar todas as postagens

01/01/2017

Conheça a Estação de Paranapiacaba




     
     A Estação de Paranapiacaba é uma estação ferroviária localizada na histórica vila de Paranapiacaba, no município paulista de Santo André. Atualmente, é a estação final da Linha Luz ↔ Paranapiacaba, do Expresso Turístico da CPTM.
      A história da vila está intimamente ligada à construção da linha e da estação ferroviária. Paranapiacaba surgiu inicialmente como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway, estrada de ferro que fazia o transporte de cargas e passageiros entre o interior, a capital e o litoral paulista, em Santos.


Assentamento de trilhos na estação de Alto da Serra (Futura Paranapiacaba). 1865 (Autor desconhecido).
        Em 1860, eram iniciadas a construção dos primeiras edificações na vila, entre elas o pátio de operações do funicular, oficinas e salas administrativas da estrada de ferro inglesa. A primeira estação de Paranapiacaba, chamada de estação do Alto da Serra, foi inaugurada pela São Paulo Railway em 1867. Até hoje temos na estação como característica principal o grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se destaca no meio da neblina, comum nessa região serrana.

Autor Desconhecido

          Em 1896 foi iniciada a duplicação da linha férrea, paralela à primeira, a fim de atender à forte demanda. Essa nova linha, também denominada de Serra Nova, era formada por cinco planos inclinados e cinco patamares, criando um novo funicular. Os assim chamados novos planos inclinados atravessavam onze túneis em plena rocha, enfrentando o desnível de 796 metros que se iniciava no sopé da serra. A inauguração deu-se em 28 de dezembro de 1901.
       A 15 de julho de 1945, a estação do Alto da Serra passa a se denominar estação de Paranapiacaba. Em 14 de janeiro de 1981, ocorreu um incêndio na antiga estação, destruindo-a completamente. O sistema funicular foi desativado em 1982. Entre 1994 e 2001, Paranapiacaba era atendida pelos trens metropolitanos da CPTM, que para lá iam em diferentes horários, mas não tantos quantos os que chegavam a Rio Grande da Serra diariamente.

O incêndio que destruiu a velha estação em 1981. Foto Josiaso

          Atualmente a estação é utilizada apenas como pátio de manobras para vagões de carga, o ponto de embarque e desembarque do trem Expresso Turístico é uma plataforma improvisada próximo a um dos galpões de manutenção, o local onde ficava a primeira estação que foi queimada faz parte do Museu Tecnológico Ferroviário do Funicular mantido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.

Museu do funicular - Prédio da máquina fixa - 2005

        No Museu do Funicular, temos a exibição das máquinas fixas do quinto patamar da segunda linha e a do quarto patamar da primeira linha, que transportavam o trem por meio do sistema funicular. Há, também, a exposição de diversos objetos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.
       Em 1987, a vila de Paranapiacaba foi tombada pelo CONDEFAT e em 2000 como Tesouro Cultural Mundial pelo Wolrd Monument Fund e desde 2002, é considerada Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN. Há também um movimento para elevar a vila à Patrimônio Mundial da Humanidade, devido ao importante conjunto ferroviário, um dos melhores exemplos da tecnologia inglesa do século XIX.

Estação de Paranapiacaba. Possivelmente segunda metade dos anos 1940 (Autor desconhecido)

A estação em 1950. Acervo Lourenço Paz

A estação, no início do século XX. Cartão postal, acervo Ralph M. Giesbrecht

Foto sem informações do autor.

Névoas de Paranapiacaba, foto de Adauto Gonçalves Rodrigues (1993), Rev. Ferrovia
Trabalhadores da Estrada de Ferro.
Pátio de Manobra 1922
Casas dos operários da Vila, 1912.
Clique para visualizar maior.
Foto sem informações
Locobreque em 1987 funcionando só para turistas.

29/12/2016

Locomotiva 353, a "Velha Senhora", é a Maior Locomotiva a Vapor Ainda Em Operação No Brasil.

Em mais um importante capítulo da história da preservação da memória e do patrimônio ferroviário, a “Velha Senhora”, como é conhecida a locomotiva 353, passa a operar de forma definitiva na linha turística na cidade de Guararema - SP, entre a estação Central e a estação de Luís Carlos, em um trecho de aproximadamente sete quilômetros. O passeio cultural irá promover uma verdadeira volta ao passado. Com a plena atividade o equipamento passará a ser o maior movido a vapor em funcionamento no país.

Locomotiva 353, foto atual após restauração.


É uma locomotiva de origem americana, fabricada pela Baldwin Locomotive Works, tipo Pacific, rodagem 4-6-2 (ou seja quatro rodas guias, seis rodas de tração e mais duas rodas guias na parte traseira), foi fabricada em 1927. Ela foi desativada nos anos 60.
Mas nesse período tracionou vários tipos de composições, desde passageiros a cargas. Atuou na Estrada de Ferro Central do Brasil e no trem conhecido como Cruzeiro do Sul.

Diferente das locomotivas mais comuns, a 353 possui 3 cilindros o que a torna mais potente e veloz.

Ficha Técnica:

  • Fabricante: Baldwin Locomotive Works
  • Data de fabricação: janeiro de 1927
  • Número de série: 59736
  • Tipo: 4-6-2 “Pacific”
  • Cilindros: 457mm x 711mm (diâmetro x curso)
  • Diâmetro das rodas motrizes: 1727mm
  • Peso total: 147.709kg (locomotiva+tênder em ordem de marcha)
  • Esforço de tração: 12.900kg (atual)
  • Bitola: 1,60m
  • Ferrovia original: Estrada de Ferro Central do Brasil
Nesta foto temos a irmã gêmea da 353, a 352, que também foi usada na Central do Brasil.

Nesta foto temos a Velha Senhora saindo em viagem inaugural do Trem Turístico de Guararema.

Você curtiu a história da Velha senhora? Então nos ajude a manter viva essa história curtindo nossa página e compartilhando nosso conteúdo.

28/12/2016

Afinal Quem Inventou o Trem

É possível dizer que o surgimento dos trens foi fruto da contribuição de diversas pessoas. Acredita-se que o jesuíta belga Ferdinand Verbiest tenha sido um de seus precursores ao idealizar em 1681, em Pequim, uma máquina auto-propulsora a vapor.


Ilustração da máquina a vapor construída por Ferdinand Verbiest em 1681.


Em 1769, o militar francês Joseph Cugnot construiu em Paris uma máquina a vapor para o transporte de munições.

Carro a vapor construído por Joseph Cugnot em 1769.



Após várias tentativas fracassadas, o engenheiro inglês Richard Trevithick conseguiu construir em 1804 uma locomotiva que fora capaz de puxar cinco vagões com dez toneladas de carga e setenta passageiros à velocidade de 8 km/h.


Locomotiva a vapor construída em 1804 pelo inglês Richard Trevithick.

O também inglês John Blenkinsop construiu uma locomotiva em 1812 que usava dois cilindros verticais, capazes de movimentar os dois eixos, unidos a uma roda dentada que faziam acionar uma cremalheira. Esta máquina também usava trilhos de ferro-fundido, que vieram a substituir definitivamente os trilhos de madeira usados até então. Estes trilhos ou linhas de madeira haviam sido desenvolvidos na Alemanha por volta do ano de 1550 e serviam carruagens que eram puxadas por animais.
Locomotiva a vapor construída por John Blenkinsop.

No entanto, pode-se dizer que o grande passo para o desenvolvimento dos trens foi dado por George Stephenson.

George Stephenson.

Este inglês, mecânico nas minas de Killingworth, construiu a sua primeira locomotiva em 1814. A Blucher, como foi chamada, se destinava ao transporte dos materiais das minas e conseguia puxar uma carga de 30 toneladas à velocidade de 6 km/h.
Blucher, locomotiva criada por George Stephenson.
Stephenson construiu a primeira linha férrea da história, entre Stockton e a região mineira de Darlington: inaugurada em 27 de Setembro de 1825, tinha 61 km de comprimento.

Stockton & Darlington Railway.


Quatro anos mais tarde, foi chamado a construir a linha férrea entre Liverpool e Manchester. Nesta linha foi usada uma nova locomotiva, a Rocket, que tinha uma nova caldeira tubular inventada pelo engenheiro francês Marc Seguin e já atingia a velocidade de 30 km/hora.


No início do século XIX, as rodas motrizes passaram a ser colocadas atrás da caldeira, aspecto que permitiu aumentar o diâmetro das rodas e, consequentemente, o aumento da velocidade de ponta. O escocês James Watt, com a introdução de várias alterações na concepção dos motores a vapor, muito contribuiu também para o desenvolvimento das estradas de ferro. A partir daqui, a evolução do trem e das linhas ferroviárias tornou-se efetiva. Na metade do século XIX já havia milhares de quilômetros de vias férreas por todo o mundo: na Inglaterra, 10 mil; nos EUA, 30 mil. Neste último, com a colonização do Oeste, tal cifra atingiu mais de 400 mil quilômetros no início do século XX.


Num ápice, as locomotivas passaram do vapor à eletricidade. No dia 31 de Maio de 1879, Werner von Siemens apresentou na Exposição Mundial de Berlim a primeira locomotiva elétrica. No entanto, o seu desenvolvimento só foi significativo a partir de 1890. A história da locomotiva elétrica é polêmica: há quem atribua igualmente esta invenção tanto ao norte americano Thomas Davenport como ao escocês Robert Davidson.
Locomotiva elétrica apresenta por Werner von Siemens.

Nos fins do século XIX, Rudolf Diesel inventou o motor de injeção a diesel e com ele novas locomotivas foram desenvolvidas. Também foram criadas locomotivas que utilizavam os dois conceitos (elétrico e diesel), sendo por isso bastante versáteis. Tais máquinas começaram a conquistar o espaço das velhinhas locomotivas a vapor que, no entanto, se mantiveram na ativa até 1977, ano em que foram definitivamente afastadas, acusadas de serem causadoras de diversos incêndios.
Locomotiva a diesel usada no Brasil.

Mais recentemente foram desenvolvidas também locomotivas com turbinas a gás e com elas chegamos aos trens de alta velocidade, capazes de atingir os 300, 400 e mais quilômetros por hora. A França foi o maior impulsionador deste tipo de trem, com o seu TGV “Train Grand Vitesse”: em 23 de Setembro de 1981 foi inaugurado o primeiro traço da linha Paris – Lyon e em 3 de Março de 2007 um TGV passou a atingir os 574,8 km por hora na nova linha Paris-Estrasburgo, batendo o antigo recorde de velocidade ferroviário que era de 515 km/h. Em 1993 foi inaugurada a linha que une Paris à Bélgica, Holanda, Alemanha e ao Reino Unido através do Túnel da Mancha.


Veja abaixo o vídeo onde a locomotiva atinge 574,8 KM/H:




No entanto, embora a França continue sendo a maior impulsionadora dos trens de alta velocidade, não foi pioneira nesse sentido: 17 anos antes, em 1964, os japoneses inauguraram a sua primeira linha de alta velocidade, ligando Tóquio a Osaka com as famosas locomotivas Shinkansen. O trem de levitação magnética, mais conhecido por Maglev, faz parte das últimas novidades na tecnologia ferroviária, embora a primeira patente desse modelo tenha sido registrada ainda em 1969.

Gostou? Compartilhe para ajudar a manter o Blog e a memória das ferrovias.

21/01/2016

Seleção de imagens com ferrovias, trens e suas antigas estações.

Separamos para os amantes da ferrovia uma lista com as mais belas imagens de trens, ferrovias e suas estações.

Gostou? Ajude a divulgar o blog e curta nossa página no facebook.